A Gramática Gerativa

Eis um breve relato sobre alguns aspectos do Gerativismo. Estejam a vontade para complementarem com mais informações.

 

A Teoria Gerativista foi apresentada pelo linguista Noam Chomsky na década 1950. É considerado como o nascimento da Linguistica Gerativista o ano de 1957,  quando foi publicado o livro Estruturas Sintáticas de Noam Chomsky.

A teoria apresentada, inicialmente foi uma resposta e recusa ao Behaviorismo , que caracterizava os indivíduos como tábuas rasas, afirmando que os mesmos não nasciam com capacidade para a linguagem. Para os Behavioristas, a linguagem era adquirida apenas a partir da interação, assumindo caráter externo e social.   

O Gerativismo defende que a linguagem é uma capacidade inata -  a capacidade do ser humano falar e entender uma lingua se dá por um dispositivo inato, uma capacidade biológica.

A fala de uma criança, não é mera repetição de algo que já foi dito, a criança é capaz  de criar sentenças inéditas.

O Gerativismo trabalha com dois principios - a Competência e o Desempenho linguistico.

A competência sendo a nossa habilidade e capacidade de produzir sentenças, é o saber que está em um módulo da nossa mente.

O Desempenho sendo as escolhas que fazemos para nossa fala, o emprego concreto que o ser humano faz da sua lingua.

É importante sinalizar que a Gramatica Gerativa tem sua atuação, na descrição e estudo da competência. Sendo objeto de estudo, as sentenças, na gramática comum a todas as linguas,  existente na mente humana.

 

Sandra Santos 15/08/2011

 

Mais alguns aspectos sobre o Gerativismo    

                                                                                                          Por Sandra Coimbra    21/8/2011 

Segundo Chomsky, uma língua natural apresenta dois tipos de estrutura: a profunda, que obriga as construções fixas, regulares e constantes, representando a forma como falamos; e a estrutura superficial ou de superfície, que seria a realização da estrutura profunda, a expressão do conteúdo.

As análises dessas estruturas indicariam as transformações produzidas ao se passar de um nível para outro e as regras que regem essa transformação.

A gramática gerativa também inovou no aspecto gráfico, ao apresentar a análise do padrão sintático da frase em forma de arborescência, ou representação arbórea, apresentando uma visualização, de uma só vez, dos sintagmas, seus desdobramentos em componentes hierárquicos através de módulos ou pontos de intersecção.

Conforme descreve Robins (1983, p.186) “os objetivos dos transformacionalistas são mais ambiciosos do que os propósitos explicitamente fixados por qualquer grupo anterior de linguistas, pois pretendem realizar uma descrição de tudo o que constitui a competência linguística do falante nativo.”

Portanto, pode-se dizer que o gerativismo tornou popular um conceito já conhecido: a língua, a partir de regras finitas, é capaz de gerar infinitos enunciados – que se denomina competência. E esse conceito, não só capacita o falante/ouvinte a gerar e entender o que for necessário à sua expressão/compreensão, mas também exercitar o lado criativo da linguagem.

O objetivo dos gerativistas era descrever tudo o que constituísse a competência linguística do falante, valorizando a relação entre descrição e intuição dos falantes, o que proporcionou a integração à pesquisa linguística à pesquisa sobre o funcionamento da mente.